Junior Cigano se tornou campeão do UFC em novembro
do ano passado e manteve o título no sábado, ao nocautear Frank Mir,
pelo UFC 146, realizado em Las Vegas. Com mais uma meta cumprida, o
atleta do Brasil prefere não escolher nomes para seu próximo
compromisso, que pode ser uma revanche contra Cain Velasquez, mas traça
algumas metas, como bater um recorde na categoria. Em entrevista
exclusiva, o catarinense afirmou que está preparado para quem o UFC
colocar em seu caminho. Confira abaixo:
Vitória incontestável. Te surpreendeu ter ido para o segundo round?
Não, ao contrário. Eu achei que ia
mesmo porque a gente sabe o quão duro o Frank Mir é, o quão bom ele é
no Jiu-Jitsu. Ele embola a luta, mas é perigoso porque pode finalizar.
Eu estava esperando isso mesmo: manter a minha distância no primeiro
round, dar uma cansada nele e, no segundo round, tentar nocautear. Essa
era a minha estratégia e, graças a Deus, deu certo.
Ele bateu o Minotauro duas vezes. Como você estava quanto a isso? Tem um gosto especial?
Eu não tenho isso na minha cabeça.
Sou um cara muito positivo, gosto de coisas boas e eu acho que é por
isso que tenho coisas boas na minha vida. Isso é um esporte. O que
aconteceu foi que ele soube aproveitar o momento na luta contra o
Minotauro, saiu para a guilhotina e foi mérito dele (Mir), que soube
pegar um momento bom. Com certeza, o Minotauro não queria que eu tomasse
isso como uma vingança. Ele, além de ser um atleta maravilhoso, é uma
pessoa maravilhosa. Tenho certeza de que ele está trabalhando muito duro
agora. Isso é um esporte. A gente não está aqui para lutar por alguma
coisa pessoal, pelo menos para mim. Eu estou aqui pra defender o meu
cinturão, não interessa quem seja, e tentar fazer o meu melhor para
continuar vivendo coisas boas.
Você fez a primeira defesa. No máximo, o Brock
Lesnar e o Randy Couture defenderam duas vezes o cinturão dos pesados.
Como está a sua cabeça? Como fazer para ficar com ele muito tempo?
Mais uma e eu bato o recorde. Se
Deus quiser, vai acontecer. Eu quero ficar com esse cinturão por muito
tempo e eu vou. Estou trabalhando duro. Esse foi o camp mais duro que eu
fiz na minha carreira, tive muitas pessoas boas me ajudando: Everton
Teixeira, um cara duríssimo. O negão é sinistro (risos). O Glauber, o
Caião, do Jiu-Jitsu, Paulão, o Lula. A Champion em peso me ajudando. O
Rodrigo Artilheiro no Wrestling. Eu gosto de pessoas boas ao meu redor.
Por isso que o professor Dórea é o meu principal treinador, o Yuri
Carlton foi a pessoa que me descobriu e está ao meu lado até hoje. São
pessoas maravilhosas e que tratam todo mundo muito bem. O André Piccoli,
que é um grandão que parece uma moça (risos). Gente boa demais, então é
isso que eu quero perto de mim: uma energia boa.
A próxima luta deve ser com o Velasquez. Como está a sua cabeça para isso?
Vamos nessa. Eu acho que não
importa quem vai ser o meu próximo oponente. O UFC que decide isso e,
seja quem for, eu vou estar preparado para dar o meu melhor e manter
esse cinturão por mais tempo.
Você pensa em enfrentar o Overeem depois de tudo que aconteceu?
Eu não penso em enfrentar ninguém.
O Overeem está pagando por estar usando drogas. Se ele continuar usando
drogas, espero que mantenham ele bem longe. Se ele não usar e voltar a
lutar, numa luta mais justa para todos nós, pesos pesados que não usamos
nada disso, que seja bem vindo. Se, um dia, o UFC colocar uma luta com
ele, vou fazer o meu melhor pra bater nele.
Qual foi o momento mais especial: quando você conquistou ou essa primeira manutenção de título?
Eu acho que a conquista. Foi
muito grandiosa na minha vida porque eu estava em um momento muito
frustrante, sentindo que não estava 100% e Deus foi muito bom comigo. O
resultado foi perfeito. A defesa é muito importante, mas a conquista do
cinturão foi demais.
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