Rousimar Palhares é sem dúvida nenhuma um dos nomes de mais respeito
entre os brasileiros no UFC entre os que acompanham a sério a modalidade
que mais cresce no planeta.
Toquinho, como é conhecido, nasceu na cidade de Dores do indaiá, no
interior de Minas Gerais e de origem humilde, ralou muito para chegar
onde está, entre os maiores nomes da categoria peso-médio do UFC.
Visto até a poucos meses atrás como um possível desafiante ao título
da categoria, pertencente ao conterrâneo Anderson Silva, Toko conquistou
muitos fãs com seu jogo agressivo, jiu-jitsu afiado e força dentro do
cage, porém, fora do mesmo conquistou com sua humildade e jeito simples a
todos os que tiveram chance de trocar meia-dúzia de palavras com o
mineiro.
Toquinho teve seu último desafio no Ultimate contra o americano Allan
Belcher e mesmo afirmando na imprensa e através de sua equipe que
estaria 100% para o combate, não foi exatamente o que vimos. E nos abriu
uma série de questões: Ele estava 100% fisicamente para a luta?
Toquinho se preparou adequadamente em todos os quesitos? Ele é um
lutador previsível? Entre outras indagações que possam existir.
Uma coisa sobre isso tudo é certa: Toquinho não é tão previsível como
imaginam muitos que o veem sempre terminar o combate da mesma maneira,
com sua especialidade nas chaves de calcanhar e joelho. Mas juro para
você que essa foi uma das coisas que mais ouvi falar entre os
comentaristas e usuários que acompanharam seu último combate.
Toquinho tem uma especialidade e estava bem com ela, indo longe.
Chegou ao UFC, venceu grandes nomes e estava trilhando um belo caminho,
que ainda não se encerrou. Nada mais digno de que tentar, como sempre,
utilizar sua receita de sucesso, que fraquejou, não pela primeira vez.
Não se sabe o que passou na cabeça de Toquinho, mas com certeza se
frustrou ao não encaixar suas especialidades sobre o adversário, após
ganhar confiança em uma boa queda. Porém, ao perder sua posição, viu
Allan Belcher crescer e massacrá-lo no ground-and-pound, sem uma boa
guarda para afastar seu oponente.
Um lutador de MMA, para chegar onde o mesmo chegou, com certeza tem
outros trunfos, mas não pode abandonar sua principal origem, que é o que
faz-se temer contra seu próximo combate, contra Yushin Okami no UFC
150.
Tão criticado por tentar usar o seu melhor, temos que torcer para
Toquinho, que caracterizou não ter lutado em seu melhor preparo para o
combate com Belcher, fazer o de sempre e aprender com sua derrota para
que não aconteça o mesmo, relembrando seus grandes triunfos, sem nunca
menosprezar seu oponente, manter sua característica humildade e buscar
sempre, acima de tudo, a vitória no octógono, sem frustrar-se em uma
tentativa malsucedida e partir para cima, se não for na chave de
calcanhar, que tente ganhar uma posição de domínio, se não for no chão,
que nocauteie em pé, e nos faça ver e provar que é um lutador completo e
merece dar passos largos em direção à possibilidade de um título no
Ultimate.
Os ditos passos, não virão com uma vitória somente, mas se o foco
está na luta contra Okami, que dê como sempre o seu melhor, pois se
convencer contra o ex-desafiante de Anderson Silva, tem tudo para lutar
mais duas ou três boas lutas e conseguir o sonhado title-shot.
Vamos aguardar para que no dia 11 de agosto em Denver, Toko não
esqueça o seu melhor e esteja com suas fraquezas aperfeiçoadas lembrando
do que o fez chegar no maior evento de lutas do mundo, pois em caso de
uma derrota pode não estagnar e sim dar um passo para trás na categoria,
talvez lutando até mesmo em um card preliminar, fazendo com que se
esquecesse sua última sequencia ótima de vitórias contra Dave Branch,
Dan Miller e Mike Massenzio.
Foto: Reprodução/Youtube
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