sexta-feira, 30 de setembro de 2011

RESPEITO A CARINA MAS NÃO TENHO MEDO DELA...


Campeã do Bellator, Zoila Frausto está embalada por seis vitórias consecutivas, e já tem data para voltar à jaula. Zoila encara a brasileira Carina Damm, veterana dos ringues, no dia 12 de novembro, e conversou com a TATAME sobre suas expectativas para a peleja. “Eu a respeito bastante, mas eu não a temo nem um pouco... Eu ainda estava jogando futebol e trabalhando no Cassino, onde eu morei na Califórnia, quando ela já estava na TV lutando em alto nível. É uma honra”, disse, falando sobre seu título no Bellator e o crescimento do MMA feminino nos Estados Unidos, além do “veto” do UFC às meninas. “Acredito que seja um enorme erro”.

Como estão os treinos para a sua próxima luta?

Igual aos que eu sempre faço para qualquer adversário, estar bem rodeada para que eu consiga lutar a minha luta, e não a dela.

O que você conhece da Carina?

Eu a respeito bastante, mas eu não a temo nem um pouco. Ela é uma veterana no esporte, se estabeleceu nesse esporte predominantemente masculino, então realmente merece respeito. Eu ainda estava jogando futebol e trabalhando no Cassino, onde eu morei na Califórnia, quando ela já estava na TV lutando em alto nível. Eu só soube que tinham mulheres no MMA assistindo-a lutar. Nunca, nos meus sonhos mais loucos, poderia imaginar naquela época que um dia estaria lutando com ela. É uma honra.

Você ganhou as últimas seis lutas, e Carina perdeu nas três últimas vezes que lutou fora do Brasil. Se considera favorita para essa luta?

Não tenho certeza se sou a favorita. Por alguma razão ou outra as chances sempre estiveram contra mim, eu sempre fui o azarão. De qualquer forma, está tudo bem. Vou para essa luta como para a primeira luta da minha vida e farei o meu melhor... Vamos lutar para valer!

O fato de ser a favorita muda algo na sua preparação?

Nada muda de verdade a minha cabeça quando eu estou voltando para lutar, não importa quais sejam as chances contra mim, ou ainda se elas estão a meu favor. Eu sempre me prepararei da melhor forma pra lutar o meu melhor. Eu treino cada vez mais forte para quando a luta vier eu sair do cage e saber que eu fiz o meu melhor.

O título estará em jogo?

Não, meu título não estará em jogo. Essa luta é categoria 57kg, não na 52kg.

Quando colocará o cinturão em jogo pela primeira vez?

Não tenho certeza de quando o defenderei, mas acho que, quando tiver um torneio até 52kg, a vencedora vai ter sua chance de disputar o meu título, assim como aconteceu com as outras campeãs.

Como vê o crescimento do MMA feminino nos Estados Unidos ultimamente?

O crescimento do MMA feminino nos Estados Unidos tem sido incrível. As mulheres estão começando a ser uma vitrine na televisão muito mais do que costumavam ser. Eu tenho certeza de que, em breve, você poderá ver pelo menos uma luta feminina em cada card.

O Strikeforce tem feito um bom trabalho nesse sentido, mas a Zuffa talvez não dê continuidade. Como você vê isso?

É difícil dizer com esse acordo do Strikeforce com a Zuffa. O Dana White falou fortemente sobre não ter mulheres no UFC por algum bom tempo, por causa do pouco número de competições. Então, se o Strikeforce sucumbir, eu não tenho ideia de qual será o futuro das mulheres no MMA. Eu só sei que estou bem agora porque eu estou com o Bellator, e eles parecem ser uma maior vitrine para o as mulheres. Eu acredito que no final das contas depende das mulheres enquanto lutadoras fazerem boas lutas para as pessoas verem, e haverá uma grande demanda por lutas femininas que eles terão que criar oportunidades.

Acredita que o UFC está cometendo um erro em deixar as mulheres longe do octagon?

Acredito que seja um enorme erro. O Dana diz que não tem talento suficiente em cada categoria, mas a gente nunca pediu para ter um grande card de luta feminina no UFC todo mês. Só nos dê uma chance, alguma esperança, para que a gente continue dando o nosso melhor nos treinos, assim como os homens fazem, se não mais, para sermos o maior show do planeta. Dê aos fãs, e a nós, lutadoras femininas, uma chance, pelo menos de uma luta em cada card do UFC, no começo, para mostrar ao mundo que as mulheres são cascas-grossas também, e que fiquem bem o fazendo.

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