Não foram as críticas, muito menos as
ofensas postadas pelos lutadores que fariam parte do card do UFC 151 que
magoaram o campeão Jon Jones, principal acusado pelo
cancelamento do evento em que defenderia o cinturão dos meio-pesados do
Ultimate Fighting Championship contra Dan Henderson, que se contundiu e
deixou o espetáculo a poucos dias de sua realização.
Para Johnny Bones, o pior de toda a
situação que resultou no primeiro cancelamento de uma edição do UFC, foi
o tratamento recebido pelo presidente Dana White. O manda-chuva da
organização – entre outras coisas – disse que o melhor lutador até 93kg
em todo o mundo não dava a menor importância para os demais atletas, e
conseqüentemente, para o maior palco do MMA na atualidade.
Jones se defendeu ao afirmar, com
razão, que é o campeão que mais se mantém em atividade e se revoltou com
a maneira com a qual foi tratado pelo dirigente a quem tinha como
amigo. “Bones” diz que continuará a fazer o seu melhor pela franquia
dentro e fora do octógono e declara não ser necessário haver nenhuma
espécie de relação falsa de agora em diante.
“Aquilo realmente machucou… eu não
reclamo sobre dinheiro, eu faço o que sou mandado. Sou o campeão que
luta muito mais do que qualquer outro campeão. Eu apenas pensei que
significava muito mais para ele. Eu pensei mesmo”, disse em entrevista
ao programa The MMA Hour.
“Eu nem mesmo olhava para ele como um
patrão, eu o via como um amigo, um sócio nos negócios. Eu achei que
significava muito para o UFC e eles me fizeram sentir como um pedaço e
carne”, continuou.
“Mas é bom ver onde em que situação eu
me encontro com ele. Não é preciso haver qualquer tipo de relacionamento
falso no futuro. Eu tentarei fazer o meu melhor para o UFC, mas é bom
perceber o que significo para ele”, continuou o campeão que não conversa
com o presidente desde o cancelamento do UFC 151.
Jon aproveitou para se defender ao
sugerir que, se o card fosse tão bom quanto o de outros eventos, não
haveria necessidade de cancelamento e também provocou os lutadores que
se sentiram prejudicados com a recusa de Jones a enfrentar Chael Sonnen,
que havia sido proposto como substituto de Henderson.
“O UFC é conhecido por ter belos cards
de luta, desde o início até o fim, até mesmo o card preliminar. Por que
aquele não foi o caso? Eu amo o MMA em todos os níveis, então, para
todos os lutadores que estão com raiva de mim, não fui eu que
basicamente disse que vocês não eram bons o bastante para o
pay-per-view.”
O atleta da equipe Jackson MMA também
declarou que não se importa com o que pessoas que não pertencem à
organização pensam a seu respeito, muito menos lutadores, entre os quais
não se sente obrigado a ser popular.
“O meu trabalho não é ser popular entre
os lutadores. Eles não pagam os meus cheques, não compram as camisetas
do Bones. Não é meu trabalho cuidar de lutadores. Eu poderia me importar
menos se algum lutador gosta de mim ou não. Meu trabalho é ir lá,
aparecer uma, duas, três vezes ao ano, fazer o meu trabalho e voltar
para casa.”
Em relação ao novo adversário, o
brasileiro Vitor Belfort, com quem lutará no dia 22 de setembro, ele se
diz honrado por enfrentá-lo apesar de não achar que ele merece a
oportunidade do desafio pelo cinturão.
“Não acho que ele necessariamente
merece a disputa mas eu estou honrado por lutar com ele. Ele é um grande
cara, um cara que trabalha duro. Eu respeito muito o Vitor Belfort. É
uma honra enfrentá-lo e acho que ele é um oponente digno.
Já sobre Chael Sonnen, que não poupou
provocações, Jon promete bater muito no rival quando sua vez chegar.
“Chael vai ter a chance dele, e quando isso acontecer, eu te digo que
vou bater muito naquele cara. Eu realmente irie”, repetiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação seja sempre bem-vindo ao nosso blog, fique em paz.
Ossssss