quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DONO DO UFC FAZ CAMPEÃO SE SENTIR UM "PEDAÇO DE CARNE".

Não foram as críticas, muito menos as ofensas postadas pelos lutadores que fariam parte do card do UFC 151 que magoaram o campeão Jon Jones, principal acusado pelo cancelamento do evento em que defenderia o cinturão dos meio-pesados do Ultimate Fighting Championship contra Dan Henderson, que se contundiu e deixou o espetáculo a poucos dias de sua realização.
Para Johnny Bones, o pior de toda a situação que resultou no primeiro cancelamento de uma edição do UFC, foi o tratamento recebido pelo presidente Dana White. O manda-chuva da organização – entre outras coisas – disse que o melhor lutador até 93kg em todo o mundo não dava a menor importância para os demais atletas, e conseqüentemente, para o maior palco do MMA na atualidade.
Jones se defendeu ao afirmar, com razão, que é o campeão que mais se mantém em atividade e se revoltou com a maneira com a qual foi tratado pelo dirigente a quem tinha como amigo. “Bones” diz que continuará a fazer o seu melhor pela franquia dentro e fora do octógono e declara não ser necessário haver nenhuma espécie de relação falsa de agora em diante.
“Aquilo realmente machucou… eu não reclamo sobre dinheiro, eu faço o que sou mandado. Sou o campeão que luta muito mais do que qualquer outro campeão. Eu apenas pensei que significava muito mais para ele. Eu pensei mesmo”, disse em entrevista ao programa The MMA Hour.
“Eu nem mesmo olhava para ele como um patrão, eu o via como um amigo, um sócio nos negócios. Eu achei que significava muito para o UFC e eles me fizeram sentir como um pedaço e carne”, continuou.
“Mas é bom ver onde em que situação eu me encontro com ele. Não é preciso haver qualquer tipo de relacionamento falso no futuro. Eu tentarei fazer o meu melhor para o UFC, mas é bom perceber o que significo para ele”, continuou o campeão que não conversa com o presidente desde o cancelamento do UFC 151.
Jon aproveitou para se defender ao sugerir que, se o card fosse tão bom quanto o de outros eventos, não haveria necessidade de cancelamento e também provocou os lutadores que se sentiram prejudicados com a recusa de Jones a enfrentar Chael Sonnen, que havia sido proposto como substituto de Henderson.
“O UFC é conhecido por ter belos cards de luta, desde o início até o fim, até mesmo o card preliminar. Por que aquele não foi o caso? Eu amo o MMA em todos os níveis, então, para todos os lutadores que estão com raiva de mim, não fui eu que basicamente disse que vocês não eram bons o bastante para o pay-per-view.”
O atleta da equipe Jackson MMA também declarou que não se importa com o que pessoas que não pertencem à organização pensam a seu respeito, muito menos lutadores, entre os quais não se sente obrigado a ser popular.
“O meu trabalho não é ser popular entre os lutadores. Eles não pagam os meus cheques, não compram as camisetas do Bones. Não é meu trabalho cuidar de lutadores. Eu poderia me importar menos se algum lutador gosta de mim ou não. Meu trabalho é ir lá, aparecer uma, duas, três vezes ao ano, fazer o meu trabalho e voltar para casa.”
Em relação ao novo adversário, o brasileiro Vitor Belfort, com quem lutará no dia 22 de setembro, ele se diz honrado por enfrentá-lo apesar de não achar que ele merece a oportunidade do desafio pelo cinturão.
“Não acho que ele necessariamente merece a disputa mas eu estou honrado por lutar com ele. Ele é um grande cara, um cara que trabalha duro. Eu respeito muito o Vitor Belfort. É uma honra enfrentá-lo e acho que ele é um oponente digno.
Já sobre Chael Sonnen, que não poupou provocações, Jon promete bater muito no rival quando sua vez chegar. “Chael vai ter a chance dele, e quando isso acontecer, eu te digo que vou bater muito naquele cara. Eu realmente irie”, repetiu.

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