Derrotado por Jon Jones na disputa do título dos meio-pesados do UFC na madrugada deste domingo, em Baltimore (EUA), o brasileiro Glover Teixeiranão sofreu apenas a tristeza pela derrota, por decisão unânime dos jurados (triplo 50 a 45). Além de perder a chance de conquistar o cinturão, Glover terá que passar por exames para avaliar a extensão das lesões sofridas na luta. Em entrevista ao SporTV, com o rosto bastante inchado, o lutador disse que rompeu um músculo do abdômen e que sente dores na costela e no ombro.
- Primeiro quero agradecer a galera toda que mandou mensagens para mim. Não foi dessa vez. Dei o meu máximo, o Jon Jones é duro mesmo, aguentou. Vou fazer um exame na costela, rompi um músculo do abdômen, e um exame no ombro. O ombro não está deslocado, mas o médico disse que pode ter deslocado, voltado para o lugar e lesionado algum ligamento. Vou fazer a ressonância essa semana – afirmou o lutador.
Com o triunfo, Jon Jones se consolidou no topo da lista de atuais campeões do UFC. O americano tem 20 vitórias no cartel, 11 seguidas desde que sofreu o seu único revés, numa polêmica desclassificação por conta de golpes ilegais diante de Matt Hamill, em 2009.
Apesar da superioridade de Jones, o brasileiro diz que não mudaria a sua estratégia e diz que vai trabalhar forte para ter uma nova oportunidade de ser campeão.
- Se eu pudesse voltar no tempo, primeiramente não ia me surpreender com aquela chave de braço logo no início. Acho que ia fazer a mesma estratégia, só não ia deixá-lo me encostar na grade. A mesma estratégia, encurtar a distância e tentar nocautear. Mas eu vou voltar. Vou treinar bastante. Estou com 34 anos, mas estou me sentindo bem. Cada vez mais aprendo com a experiência. Parecia que nem estava lutando pelo cinturão. Eu pensava no dia em que iria lutar pelo cinturão, se eu ia ficar nervoso. Mas não, eu estava calmo, tranquilo, vendo a técnica, os golpes. Jon Jones é um grande lutador e me venceu. E o negócio é voltar e tentar ganhar dele de novo.
Até a derrota para o americano, Glover Teixeira vinha em uma ótima sequência, com 20 vitórias seguidas no MMA, ostentando uma invencibilidade que durava desde 2005. Sobre a luta em Baltimore, o brasileiro lamenta não ter conseguido colocar em prática o que planejou.
- Eu me lembro da luta toda. Sabia que estava perdendo os rounds. Mas a estratégia era encurtar a distância e bater bastante no corpo dele para cansá-lo e depois aproveitar e ir para a cabeça e tentar nocautear. Mas eu não consegui fazer isso, porque, depois da chave de braço em pé na grade, meu ombro estourou. Treinei para botar para baixo, sou um cara que não tenho muito plano. Sou um cara que estou sempre bem em todas as artes marciais. Tanto que eu sabia que ele ia tentar me colocar para baixo e treinei bastante levantada, finalização no chão. O cara também é bom. Perdi a força da pancada no terceiro round, depois veio o corte, mas tudo da luta mesmo. Não é questão de desculpa. O cara fez isso, ele me machucou assim, e a gente não conseguiu pôr o jogo lá – finalizou.
GLOBO.COM
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