Após uma série invicta de mais de 20 lutas no Brasil, Renan Barão finalmente teve a chance de estrear nos eventos internacionais. E foi um sucesso. Após o belo arm-lock aplicado sobre Anthony Leone no WEC 49, que aconteceu no Canadá, o casca-grossa de Natal conversou com a TATAME sobre a decisão de lutar mesmo com seu oponente batendo 4kg acima do limite da categoria, a inspiração em José Aldo, companheiro de treino e campeão no WEC, e a expectativa para o futuro no evento. “Espero na próxima me soltar mais e usar mais o meu Boxe, que treino desde criança com meu pai”, conta, na entrevista abaixo.
O que você achou da luta? Saiu tudo como você estava planejando?
Achei que foi uma boa luta, mas o que me motiva mais é saber que posso me apresentar melhor e é isso que eu quero, crescer no evento e procurar lutar cada vez melhor para atingir o máximo do meu potencial... A primeira luta é aquilo... Minha intenção era buscar o nocaute ou a finalização, como sempre faço, mas também não poderia me expor a levar um knockdown ou ser colocado varias vezes para baixo, o que poderia me complicar na pontuação logo na minha primeira luta no evento.
Ele não bateu peso para a luta, ficando sete pounds acima. Você pensou, em algum momento, em não aceitar enfrentá-lo acima do peso?
Não, o meu pensamento e de toda equipe era de lutar. No dia da pesagem, por volta das nove horas da manhã pediram para conferir meu peso, pois achavam que ele ia estourar de um a dois quilos, mas na hora ele pesou quase quatro acima. Algumas pessoas até falaram que não era legal lutar assim, que no outro dia ele estaria bem acima do meu peso, mas como eu já estava lá e a energia estava boa resolvemos encarar o desafio, e graças a Deus deu tudo certo.
A vantagem dele no peso o atrapalhou na luta?
Na real dava para ver que ele estava bem recuperado e que estava mais pesado. A estratégia dele era de usar a força e seu jogo de Wrestling para me colocar na grade, me desgastar fisicamente e tentar me colocar pra baixo nos minutos finais dos rounds na tentativa de levar a luta nos pontos, só que, graças a Deus, desde moleque tenho uma boa base (risos). No único momento em que ele realmente conseguiu me botar pra baixo foi quando fiz a inversão e a partir daí garanti a vitória por finalização.
Você se sentiu confortável na sua estreia fora do Brasil?
Sim... O que mais me preocupou foi o peso, devido ao sufoco que já passei para bater o peso no Shooto e em outros eventos aqui no Brasil. Cheguei lá leve demais, com 64kg e devido ao fato de ter perdido peso bem antes não recuperei o peso como esperava, lutei com aproximadamente 68kg. Para a minha próxima luta vou procurar bater o peso mais próximo da luta para recuperar melhor o peso e lutar com no mínimo 70kg, que é o meu peso natural.
O que o pessoal do WEC falou sobre a sua vitória?
Eles falaram que gostaram e que minha finalização foi bem plástica, mas notei que eles gostaram mesmo foi de não ter desistido da luta e ter topado lutar com ele mesmo acima do peso.
O seu comportamento antes da luta, mantendo a cabeça abaixada o tempo todo, lembrou bastante o José Aldo. Você se inspira nele?
Com certeza, me inspiro muito nele e em muito outros atletas e professores da nossa equipe Kimura Nova União.
O que você acha da sua categoria no WEC? Qual o próximo passo?
Olha, é como o Wagnney (Fabiano) falou, a nossa categoria tem muita gente boa e muitos estão descendo das categorias de cima para a nossa, mas me sinto bem para lutar. Espero na próxima me soltar mais e usar mais o meu Boxe, que treino desde criança com meu pai, e botar em prática o jogo de combinação que venho praticando com o Jhonny Eduardo e a galera da Nova União.
Fonte:Tatame
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