segunda-feira, 2 de agosto de 2010

MOVIMENTOS DE KUNG FU AGORA E PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE


Brasília, 02 ago (RV) - O templo Shaolin, na China, berço do Zen-Budismo e também dos movimentos e exercícios corporais conhecidos como Kung Fu foi incluído pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), na lista do Patrimônio Cultural e Artístico da Humanidade, segundo informações veiculadas nesta segunda-feira, pelo jornal China Daily.
O Comitê do Patrimônio Cultural e Artístico da Humanidade anunciou sua decisão, durante uma reunião realizada em Brasília, acrescentou a imprensa local.
A lenda atribui a criação do Kung Fu a Bodhidharma, um monge indiano que, no ano 527, fundou o templo Shaolin. O monge recomendava o cultivo da mente através de longas sessões de meditação zen, para as quais projetou exercícios similares aos do Tai-chi, mediante os quais se evitava a imobilização corporal.
O complexo arquitetônico do templo Shaolin, situado na montanha sagrada de Songshan, na província central de Henan, é composto de onze construções diferentes como, por exemplo, o mosteiro, o observatório de Dengfeng, a academia Songyang, as torres Taishi e o templo Zhongyue.
"O mosteiro se destaca por sua beleza e por suas profundas conotações culturais" - assinala a Unesco. Por sua vez, Yang Huancheng, especialista em arquitetura clássica, assegurou que o complexo oferece a oportunidade de conhecer a religião, a filosofia, os costumes e o desenvolvimento científico da antiga China.
Um dos monges locais, Shi Yongxin, disse que a decisão da Unesco é um privilégio e "para os monges, viver num lugar que faz parte do patrimônio mundialmente reconhecido, é uma experiência maravilhosa, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade, pois devemos proteger ainda mais, o templo".
A celebridade dos monges de Shaolin que, segundo a literatura podiam até voar, chegou a seu apogeu durante a dinastia Tang (618-907) quando, segundo relatam as crônicas, treze mestres salvaram a vida do segundo imperador dessa dinastia, Li Shimin.
A China conta, atualmente, 39 locais que constam na lista do Patrimônio Cultural e Artístico da Humanidade, da Unesco, entre eles alguns bastante conhecidos como a Grande Muralha, a Cidade Proibida, o Exército de Terracota de Xian, e o Palácio Potala, em Lhasa, no Tibete. (AF).
Fonte:http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=412660

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