Exercícios simples podem impedir atos de violência, como assaltos, sequestros ou situações similares. Para evitar a vulnerabilidade a este tipo de riscos, academias e centros de treinamento de Brasília investem cada vez mais em técnicas capazes de primar pela segurança e integridade física de seus alunos. As táticas não servem só para mulheres, mas a procura delas por este tipo de aula vem crescendo, principalmente em atividades relacionadas ao krav magá.
Camila Medeiros: boxe e kickboxe para autodefesa e competições Reconhecido mundialmente como a única luta de defesa pessoal, a prática não é considerada arte marcial. De origem militar, é adotada por corporações do mundo inteiro graças à sua eficiência em combate. Sem regras e tão pouco competições, visa a legítima defesa em situações de perigo real, possibilitando respostas simples, rápidas e objetivas. Dentre suas vantagens, está a ausência da força física, ou seja, independentemente de condicionamento físico, idade ou sexo, qualquer pessoa consegue se proteger. Conforme Vanessa Ribeiro, instrutora da Academia Self Defense Centro de Krav Magá e Artes Marciais, o método é adaptável a todos, especialmente ao público feminino. “Em apenas seis meses já é possível absorver bastante conhecimento. Por isso, se adapta tão bem às mulheres”, comenta. “Usamos pontos sensíveis do corpo do agressor, como os olhos, nariz, garganta, genitálias, enfim, tudo que se possa utilizar como defesa”, completa a instrutora, que ministra aulas da luta há nove anos.
Em busca de equilíbrio
Na Companhia Athletica a sensação do momento é o kickboxing. A modalidade é uma variação do boxe e inclui chutes e pontapés, promove o equilíbrio, autoconfiança e correção da postura. À frente da turma feminina está Altaceste Baptista, que indica qualquer tipo de luta às mulheres, seja para autodefesa ou para tornear a silhueta. “A luta queima e define a massa muscular. É possível perder 600 calorias ou mais dependendo da intensidade do treino”, garante.
Depois de ser coagida em um assalto, Camila Medeiros decidiu ir atrás de sua autoconfiança por meio de atividades como o boxe e o kickboxing. Após o início dos treinos, há seis anos, ela nunca mais passou por situações semelhantes. E não parou mais de lutar. Hoje, Camila trilha o caminho das competições: treina três vezes por semana, é vice-campeã brasileira de kickboxing e medalhista de bronze do Campeonato Brasileiro de Boxe. Mais que equilíbrio emocional, a atleta destaca que o esporte trouxe inúmeros benefícios a seu corpo. “Deixou-me com uma postura maior, mais forte e com uma autoestima elevada”, salienta.
Procura maior depois de filme
Carlos Viana, professor de boxe da Academia Fitness Brasil, afirma que mulheres independentes procuram as aulas como o boxe e o muay tay para conhecer e aprender os fundamentos de esquiva, bloqueio e golpes.
O índice de procura por atividades como essas cresceu significativamente após a estreia do filme Menina de ouro, no qual uma mulher decide que o esporte será o foco de sua vida. Todavia, Carlos ressalta que o mais aconselhável – assim como alerta a Secretaria de Segurança – é não reagir em situações de perigo. “Porém, caso ocorra um assalto, por exemplo, a mulher terá uma percepção maior e uma coordenação motora muito mais elevada para resolver e se esquivar de algum golpe, além de passar uma autoconfiança tremenda”, acredita.
Carlos explica que, ao contrário do que a sociedade pensa e transmite sobre a violência das artes marciais, o mais impressionante é conseguir conscientizar os alunos que a modalidade não foi criada para brigas. “Quando você começa a treinar, passa a enxergar que é somente um esporte que pode ser usado apenas como treino ou autodefesa”, finaliza.
Colaborou a estagiária Karine Sousa
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